sábado, 26 de setembro de 2009

Baú de memórias betlemaniacas



Sempre fui fã dos Beatles, gosto passado de mãe para filha, e não é de suspeitar que quando saíram os discos remasterizados fui diretamente ás lojas Americanas para comprá-los: nada novo, as mesmas músicas que embalaram jovens das décadas de 60, só que com uma qualidade sonora melhor e uma linda arte de capa.


Cheguei em casa e parecia que tinha um disco de inéditas nas mãos: corri para o micro system e meio tremendo apertei o play.Torpor, eu fiquei em estado de torpor após o primeiro acorde Can’t buy me love.Era outra época, outra vida, outro eu.Sim, Beatles é como uma droga pra mim, sou viciada e fico em estado de ecstase.Achei que estava nas nuvens quando tocou Yellow Submirine , mas descobri que não ia para outra dimensão mas para outro tempo: 10 anos atrás, minha doce infância.Aos poucos a voz do John Lennon foi ficando mais baixa e o que eu ouvia agora era a voz da minha mãe cantando aquela rimada canção para que eu dormisse.


O quentinho do colchão, o cafuné nos meus cachinhos, o leite com biscoito Maizena ( que depois daria origem ao meu apelido , o abajur de estrelas e minha boneca chamada Rebeca, era tudo que eu via ao meu redor,e como um passe de mágica dormir de pantufas e lençol quentinho,] mesmo estado no sofá de casa, sozinha. Acordei seis horas da manhã, costas doloridas, frio, silêncio, mas no coração um calor familiar: terei 10 anos eternamente.


Obs : Redação escolar proposta para utilização da técnica do flash back.


Mah

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Carta depois de uma bebedeira sem fim


É sempre assim. Erro, digo que vou mudar e depois de uns dias faço tudo de novo.

Não sei o que quero, não sei no que acredito, não sei dizer o que é certo ou errado, não sei sobre nada. Ou talvez eu saiba o que quero e não faça nada pra conseguir, o que talvez seja pior. Dúvidas.

A única certeza que eu tenho é que já errei muito nessa curta vida e que todos os meus erros envolveram logo as pessoas que eu mais amava. Mentiras, decepções, quedas, bebedeiras, exageros. Todos os meus erros, todos com os meus amores. Será que eu amo mesmo?Será que eu sei o que é amor?Quem ama não faz metade das coisas que eu fiz.

Não, eu não amo.. Eu não sei pra que eu estou aqui, no final. Quais são os meus objetivos?O que eu vou fazer de bom pro mundo?O que eu faço de bom pra mim?Perguntas sem fim.

Eu preciso arcar com as minhas consequências. Lá vou eu mais uma vez dizer que vou mudar, que agora vai ser diferente. Ó, ciclo vicioso!Ó, ciclo triste!Mas antes de errar outra vez, eu tenho que pedir desculpas a vocês, pessoas que machuquei.Eu realmente acho que os amo, do meu jeito, errado como sempre, mas amo.


Mah