quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

À flor da pele


Acordei e fiquei um tempo na cama, com certa preguiça do dia que estava pra começar. Nesses 15 minutos, imagina o que veio à minha cabeça, amor?Suas mãos. Lisas, delicadas, firmes, certas; suas mãos, mãos de artista. Senti saudades das suas mãos. Não faça essa cara de presunção, amor, não senti saudades de você, nem um pouco, minha vida vai bem sem a sua presença. Senti saudades das suas mãos, especialmente na minha cintura. Lembrei de quando eu fingia ser sem querer que meu cotovelo tivesse encostado no seu braço e que era uma simples mania minha estalar seus dedos.Tudo fingimento.Sabe o que eu queria realmente, amor? Sentir seu toque quente na minha pele ardente.
Lembrei da primeira vez que suas mãos enlaçaram a minha cintura.Delicadamente, maroto como só você poderia ser, me unindo ao seu corpo, me levantando sem querer.Engraçado que nem era isso mesmo o que queria.Me deixei levar pela carência e pelos instintos carnais.Meu corpo ali e a mente em outro local qualquer.Esse foi o pecado, ter deixado ali o meu corpo.Ele sentiu o seu toque, o seu cheio, seu jeito, o seu calor, e como pobre corpo de mulher, se rendeu aos seus encantos.Agora meu corpo clama, amor, por esses toques contínuos na minha pele.Minha mente voltou ao estágio do nosso primeiro encontro, ela está em outro local, mas meu corpo ainda não superou você, amor.Já disse, não fique assim, todo orgulhoso, por mim isso não estaria acontecendo.Tudo isso é culpa desse corpo burro, que não me obedece, que acha que encaixa somente com você, especialmente quando suas mãos moldam o movimento e guiam ele aos locais mais inesquecíveis.
Isso vai passar, amor, daqui a pouco ele conhece outro corpo e o seu será uma vaga lembrança, assim como você é pra minha mente agora. Outra pessoa vai conhecer os caminhos, vai enlaçar esta cintura e tudo estará resolvido. Mais por enquanto, amor, só te queria fazer um pedido: pode emprestar suas mãos por dois segundos? Meu corpo burro anda tão tristonho que agora até a minha mente quer resolver esse problema. Não faça essa cara, amor, é um empréstimo, logo te devolvo, assim que reencontrar a paz pra esse corpo bobo.


Obs¹: Mãos do Louis Garrel <3
Obs²: Texto publicado também na Minha Quitinete

Mah

11 comentários:

Marcela disse...

Eu chorei. Acho que meu corpo anda meio assim, burro.

;*

Unknown disse...

ja passei pela mesma situação.. querer e não poder ter... mas com o passar dos tempoa agente esquece.. talvez 'supere' mais se for apenas aquelas que podem te confortar... desista de procurar outra pois vc irá encontrar apenas a mão mais sentirá a mesma emoção... beijo Garota de Fases http://myn-cavalcante.blogspot.com/

Roberta Fabricio Loose disse...

amei o texto! mas corpo burrinho, né ):

Ceres disse...

;pô
sensacional, mesmo.

Criativo e envolvente (como crítica em capa de livro).

Jeito original de "pisar" em alguém.

Clube da Pimenta disse...

tadas já tivemos um corpo burro por algum tempo.

esse é o mei blog toh divulgando
http://clubedapimenta.blogspot.com/

Boozy ~* disse...

Acho que todas nós temos alguma coisa que o corpo burro sente saudade.
E sinto a falta de certos lábios que eu nunca mais poderei sentir, mas que eu queria nem que seja para um beijo no rosto .-.

J. disse...

Oii esse post é muito trii.E foi feita no dia do meu niver \o/

Anônimo disse...

tem 2 selinhos p/ você la no http://breakingrulesforlife.blogspot.com/2010/12/ganhei-selinhos-do-mundo-teen.html

Anônimo disse...

Aforei sua criatividade no nome do Blog

verdorinvisivel.blogspot.com/

JuMinako disse...

nossa que felicidade em saber que este blog ainda existe

Fernando disse...

Olá
Sds dos seus textos
gde abrsss
Blog Fernu Fala II
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