quarta-feira, 28 de outubro de 2009




a rua.

Para começar,quero dizer que pessoas como nós intitulamos as coisas de “mundo”.Assim sendo...

O mundo da rua nos mostra muita coisa.cada coisa.E nos cede muitos caminhos nos quais podemos seguir ao mesmo tempo.E isso é diferente de todos os outros mundos.
Eu estava andando meio reclusa.Andando mesmo.Até encontrar a rua de mim e eu decidi não sei o porque e não sei de onde tirei a coragem pra escolher entrar e viver,ela.
Não posso mentir,estou gostando, era um mundo carente da minha confiança agora ele é rico de toda ela.É verdade que com tantas possibilidades de caminhos a gente fica animado e quer todos,e isso pode.Mas também é verdade que alguma hora esses caminhos se cruzam e parece que eles não se dão tão bem e aí sai faísca.A vitima é quem resolveu experimentar claro,nunca a rua.Afinal de contas foi ela quem deu a possibilidade dos caminhos e se a vitima fosse ela seriam tão ingratos quanto eu com eles quando se cruzam.Ah,fico furiosa.


A rua é boa mas não é perfeita,como todos os mundos.Mas digo,é a melhor de todos os mundos que existem em seu mundo.

@nah_pereira
só pra lembrar,hoje é um dia importante:
-Aniversário da minha velhaaaaaaa mamãe *-* essa maravilhosa, te amo s2
- Aniversário de uma velhaaaaaaaaa amiga. karen *-* no auge dos seus 17 anos *-* te amo s2
- E hoje é dia do flamenguista .Meu dia. desculpa -q (H)




terça-feira, 13 de outubro de 2009

Um bom dia!
Não postei ontem porque não deu, mesmo. Mas postarei hoje,já que todos os dias temos crianças,então todos os dias podem ser seus dias e este é o meu tema.
Fiquei observando e ontem todo mundo era criança. Não faz sentido.Tudo bem,gente,a infância é mesmo uma fase linda mas para algumas pessoas já passou e isso precisa ser reconhecido.Não falo de pessoas “adultas” que intitulamos de “infantis” falo de pessoas adultas que agem como adultas e que no dia das crianças esperam um “feliz dia das crianças” e dos adultos que desejam isso á outros “adultos”.Pára,ninguém sabe mais o que é ser criança? Mas se ninguém obedece aos mandamentos quando ele diz :Não tomarás em vão o nome do senhor, o teu Deus.O que não farão com o nome criança,infância,etc.né?!
Criança é brincar na rua,em casa,seja lá onde for de calcinha/cueca sem vergonha,sem preocupação,de forma natural.Onde já se viu um adulto andar por aí de calcinha/cueca? no mínimo é um doente mental que não sabe o que ta fazendo,e o impacto que ta causando nos mesmo adultos que outrora chamam adultos de crianças.Criança é ser livre dos conceitos de todas as coisas,é ser extremamente sincero,mesmo que seja educado para se calar diante ás verdades dos adultos.Os adultos sabem bem o que devem falar, para quem e aonde.
As crianças são tomadas pela inocência,os adultos agem premeditando tudo,mesmo que seja involuntário.
Eu concordo que sempre fica um pouco de criança,mas não é a mesma criança,a criança do dia de hoje já se fora até pra quem é pré-adolescente nos dias de hoje.Sorte de quem teve os dias de infância prolongados,em alguns anos atrás,quando criança vivia de infância,de escola,de brinquedos e de brincadeiras.
Ás vezes,já aconteceu comigo muitas vezes aliás,nos pegamos pensando:Mas que atitude infantil eu tomei,pareci criança.
Pois é, isso pra mim é mais um reflexo de algo dentro de nós que faltou amadurecer, que não conseguiu acompanhar todos os períodos de transição pelo qual já passamos até então. Algo que paralizou-se na infância e que agora ta sendo massacrado por todos nossos outros “algos” da personalidade que nos fazem ser quem somos.É isso que eu acho! Então é mais cabível desejar um bom dia á todos e um feliz dia das crianças ás crianças! (atrasados)
Pois este é um bom dia para relembrar as peripécias, a escola, as primeiras amizades, as bobeiras engraçadas que fazíamos (que hoje são bobeiras), pra relembrar os avós, os passeios, as brincadeiras preferidas e pra sentir que um dia você foi criança, mas que a energia e o cheiro deste dia continua igual ou melhor ao dia que você acordava e era recebido com presentes por todos os lados, coisas simples de crianças que nos faziam tão felizes. O dia continua o mesmo,mas você não mais.
@nah_pereira

sábado, 26 de setembro de 2009

Baú de memórias betlemaniacas



Sempre fui fã dos Beatles, gosto passado de mãe para filha, e não é de suspeitar que quando saíram os discos remasterizados fui diretamente ás lojas Americanas para comprá-los: nada novo, as mesmas músicas que embalaram jovens das décadas de 60, só que com uma qualidade sonora melhor e uma linda arte de capa.


Cheguei em casa e parecia que tinha um disco de inéditas nas mãos: corri para o micro system e meio tremendo apertei o play.Torpor, eu fiquei em estado de torpor após o primeiro acorde Can’t buy me love.Era outra época, outra vida, outro eu.Sim, Beatles é como uma droga pra mim, sou viciada e fico em estado de ecstase.Achei que estava nas nuvens quando tocou Yellow Submirine , mas descobri que não ia para outra dimensão mas para outro tempo: 10 anos atrás, minha doce infância.Aos poucos a voz do John Lennon foi ficando mais baixa e o que eu ouvia agora era a voz da minha mãe cantando aquela rimada canção para que eu dormisse.


O quentinho do colchão, o cafuné nos meus cachinhos, o leite com biscoito Maizena ( que depois daria origem ao meu apelido , o abajur de estrelas e minha boneca chamada Rebeca, era tudo que eu via ao meu redor,e como um passe de mágica dormir de pantufas e lençol quentinho,] mesmo estado no sofá de casa, sozinha. Acordei seis horas da manhã, costas doloridas, frio, silêncio, mas no coração um calor familiar: terei 10 anos eternamente.


Obs : Redação escolar proposta para utilização da técnica do flash back.


Mah

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Carta depois de uma bebedeira sem fim


É sempre assim. Erro, digo que vou mudar e depois de uns dias faço tudo de novo.

Não sei o que quero, não sei no que acredito, não sei dizer o que é certo ou errado, não sei sobre nada. Ou talvez eu saiba o que quero e não faça nada pra conseguir, o que talvez seja pior. Dúvidas.

A única certeza que eu tenho é que já errei muito nessa curta vida e que todos os meus erros envolveram logo as pessoas que eu mais amava. Mentiras, decepções, quedas, bebedeiras, exageros. Todos os meus erros, todos com os meus amores. Será que eu amo mesmo?Será que eu sei o que é amor?Quem ama não faz metade das coisas que eu fiz.

Não, eu não amo.. Eu não sei pra que eu estou aqui, no final. Quais são os meus objetivos?O que eu vou fazer de bom pro mundo?O que eu faço de bom pra mim?Perguntas sem fim.

Eu preciso arcar com as minhas consequências. Lá vou eu mais uma vez dizer que vou mudar, que agora vai ser diferente. Ó, ciclo vicioso!Ó, ciclo triste!Mas antes de errar outra vez, eu tenho que pedir desculpas a vocês, pessoas que machuquei.Eu realmente acho que os amo, do meu jeito, errado como sempre, mas amo.


Mah

sábado, 29 de agosto de 2009

Luka


É incrível o quanto você se apega a um ser que não fala nenhuma palavra e ao mesmo tempo diz tanta coisa,quem tem um companheiro de estimação sabe o que eu to falando,(falo companheiro,porque eles são mais que só "animais de estimação").É aquele ser que tá ali,sempre pronto pra tentar te confortar,quando você chega da rua,te recebe com tanto carinho e excitação que a única coisa que consegue fazer é ficar totalmente inquieto até você falar com ele.

Te escuta como ninguém,e nunca te censura,te abraça e te lambe de um jeito honesto,sem nenhum tipo de interesse.Consegue expressar um amor puro,com um simples abanar de rabo.Te procura de noite pra dormir com aquela sensação de segurança e dorme um sono que desconhece preocupações,porque está ali com seu companheiro q não é só seu dono ou dona,é seu amigo,irmão,irmã,mãe,pai,guardião,é aquele companheiro por quem ele é capaz de ficar horas,até dias olhando uma porta só pra ver chegar e fazer aquela festa cheia de latidos pulos e alegrias.


Eu tenho uma relação dessas com a Luka,minha cachorra,que já chorou,latiu e fez aquela cara de alivio botando a língua pra fora,do meu lado e do lado da minha família que também é tanto minha família quanto dela.É engraçado que eu sempre vi ela ali,sempre imaginei ela perto,nunca imaginei ela envelhecendo.E um dia vem um susto um baque da vida,pra avisar que nada é para sempre,a Luka minha companheira,que eu gosto de chamar de irmã,está com catarata em um dos olhos.As escadas que ela descia com rapidez sempre que escuta uma voz amiga e conhecida no portão,agora precisam de mais cuidado e mais tempo para serem percorridas,as camas que ela procura refugio,as vezes encontra dificuldades para subir,mas claro que sempre eu e minha família tentamos retribuir todo o carinho que ela dá para gente.Porque ela merece,já que transmite um amor tão sincero,puro e leal,apenas com seus gestos e seu olhar.E em troca só pede que retribuamos da mesma forma,com carinho,amor e atenção.



Targino

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Noite


Era uma vez uma menina que vivia no mundo real, levando uma vida considerada normal em um mundo comum. Um dia um bichinho do amor a picou e ela ficou totalmente apaixonada. Via o mundo cor-de-rosa e achava que tudo era felicidade. Resolveu se entregar fundo àquele amor, e foi totalmente verdadeira, verdadeira por demais. Contou tudo o que sentia, e acuado o amado se afastou.
Com vergonha do mundo, a menina foi se esconder numa caverna dentro da escura floresta, e lá dentro se acostumou com o frio e a solidão. Não sabia mais o que era calor, o que era braço. Tinha medo do amor.
Um dia um jovem caçador, passando pela redondeza, viu a menina e se espantou. Ela tinha uma aparência triste, abatida: cabelos desgrenhados, olheiras enormes, roupas sujas; porém no fundo ele viu uma beleza singular e foi perguntar o porquê daquele pequeno ser se encontrar ali. Com medo do caçador, que irradiava calor, pois vinha do contado com o sol, a menina adentrou mais ainda a caverna, querendo se proteger. Não contava ela com o poder de insistência do homem, que entrou também e continuou a perguntar. Com medo daquele intruso, a menina choramingou e com um abraço acolhedor o caçador a acalmou como ninguém nunca havia feito.
No abraço ela sentiu o calor novamente e o frio que a cercava foi indo embora, assim como ela foi saindo da caverna, sem nem mesmo entender como tudo aquilo estava acontecendo. Lá fora ficaram caçador e menina abraçados, e abraçados ficaram até o anoitecer.
Quando a lua chegou ao céu, a menina então pensou que todo aquele calor iria embora com o sol e que sua frieza viria com a lua. Abaixou a cabeça e se direcionou ao interior da caverna, que tinha sido sua moradia durante todo esse tempo. Quase com os pés dentro da gruta, o caçador pegou a sua mão e a virou, apontando pro céu: lá em cima, passou uma estrela cadente, e com ela uma luz enorme se projetou no rosto da nossa menininha. Ela recebeu luz e inacreditavelmente percebeu que emitia calor novamente: o calor vinha todo do seu coração.
Ambos sorriram e a cada sorriso aumentava o calor. Agora saiam faíscas dos seus corpos, e aquilo só os divertia. As faíscas atingiram alguns ramos próximos e aos poucos o que era somente calor corporal passou a chama, que formou um incêndio na floresta.
Tudo era fogo e risos, e mesmo com o desespero dos animais, menina e caçador ficaram ali, no meio das labaredas, somente os dois, ainda rindo, ainda em chamas, ainda vivos.


Mah

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Casual

Só tive um namorado, sabe, e ele foi pra valer mesmo, tanto que quando terminamos fizemos
uma única promessa: sermos sempre amigos. Amigos mesmo, daqueles que
você chama pra ir comprar o presente de dia das mães pra sua mãe ou que
o escuta falar de uma boa transa da noite anterior.
Pois bem, meu ex-namorado- grande- amigo e eu marcamos um dia desses de
sair com outros amigos pra tomar uma cerveja, bater um papo. Essas pessoas
levaram mais gente, e ai fez um grupo interessante, o que ao todo não foi ruim. Papo
vai, cerveja vem, viro pro lado e meu amigo está lá, rindo, porém no cantinho dele.
Me aproximei discretamente e perguntei :

- O que foi?Por que ainda não ta junto de ninguém?
-Sei lá, de boa aqui mesmo só tu. -ele disse.

Ok. Sempre fazemos essas piadas do tipo. Relaxa.

-Meu bem, hoje não, hein. Tô querendo carne fresca. -ri.
-Poxa. Recordar é viver, amor.

Ok. Babaquice é com a gente mesmo. Relaxa.

-Ta com saudade, né?-brinquei.
-Hoje acordei pensando nas nossas noites juntos, sim. -ele disse, com aqueles
olhos negros fixos em mim, e deu um passo a frente.

Ok. Isso não foi num tom de ironia.Relaxa um pouco menos.

-Sabe que eu tenho saudades algumas vezes?Mas nessas horas eu tento lembrar as brigas
. -desconversei.
-As brigas fizeram parte do namoro. Hoje eu estou com saudade da cama.

Ok. Isso começou realmente a me assustar. Ele queria mesmo, e eu não
sabia o que pensar sobre isso. Sempre tive tesão por ele, e isso ainda não tinha
terminado, mas o nosso relacionamento sim, e uma recaída dessas poderia ser terrível
pra mim. O que fazer agora? Respeitar os meus impulsos ou descartá-lo?

Nunca consegui ser uma pessoa fria. Frigida realmente não é um dos meus adjetivos.
Não resisti, relaxei o corpo e ele percebendo, foi chegando mais perto.Sim, matamos
a saudade, e foi ótimo.Depois, como eu me senti? Péssima, toda recaída faz isso com a
pessoa, deixa ela confusa.Mas eu aproveitei o momento, e é isso que importa.Não é?

Mah