sábado, 18 de abril de 2009

Video-Post



Pois é, ta aqui o video prometido.Tudo bem que a gente só rir o tempo inteiro, tudo bem que na minha casa não tem pente e eu nem vergonha na cara tenho de fazer um video com o cabelo daquele jeito :) , tudo bem que o pé machucado da mah é protagonista no video,tudo bem que aparece a voz de um espirito no video,tudo bem que o cachorro é um infortuneo,tudo bem que eu sou autista em excesso...

Com toda certeza gostariamos de ter feito algo mais sério,contando a história do blog,agradecendo pelos comentários etc,mas quem se importa com isso né? :)

ta ai partes da nossa história,e avisando que precisa ter paciência pra ver o video,ficou grandinho,achamos!

sábado, 11 de abril de 2009

#Um ano de letras !
Não sabemos ao certo,mas nosso primeiro post segundo consta, foi em ABRIL de 2008,estamos comemorando então,durante este mês,1 ano de blog.
Por onde começar...pela primeira vez escrevo sem nenhum propósito,sem nenhuma ideia,só com um sentimento de REALIZAÇÃO.Carrego este sentimento dado por todos vocês,que comentam aqui,que criticam e que elogiam,que oferecerem selos,que linkam o nosso blog,que divulgam,que são membros da comunidade.Vejo que por toda essa ‘dedicação’conosco colhemos frutos favoráveis,saímos na revista atrevida,ficamos conhecidas por pessoas do nosso estado que valorizam a escrita e a leitura,os nossos números de comentários aumentaram,assim como outras conquistas!
Planejamos e gostaríamos de poder fazer algo muito mais especial que um simples post pra comemorar nosso aniversário de 1 ano,porém foi tudo muito atrapalhado.Então fica aqui uma promessa,assim que mah tirar o gesso da perna faremos um vídeo-post de conteúdo ainda não escolhido,mas que tenha a ver com nosso primeiro ano de vida.
Bom,postarei aqui itens que foram essenciais pra manter a união dos blogueiros e que fez com que completemos um ano \o/

·Separar temas que tenha mais a ver com você e se aprofundar nisso.
·Tomar conhecimento se já teve um post que rendeu a semana ou o dia,para não postar duas vezes no mesmo dia.
·Fazer projetos em conjunto,como textos que tenha participação da equipe.
·Ler e comentar outros blogs, valorizando o post dos outros colegas blogueiros,consequentemente valorizarão os seus;
·Estar por dentro das coisas que acontecem para que virem temas em seu blog,o que fará dele no mínimo interessante.
·Viajar nas palavras,criando textos envolventes.

Pro Nando,por exemplo,os temas que mais tinham a ver com ele e que ele usou como arma pra fazer posts,foram:
·Coisas que eu vivi nesse ano.
·As pessoas que conheci.
·Como eu me conheci conversando com essas pessoas.
·Músicas que eu escutei.
·Livros que eu li.
·A garota por quem me apaixonei.
·As 4 pessoas que mais me ajudaram esse ano: Maisa,Nadia,Liz e meu primo.
·A timidez que eu diminui drasticamente.
·A confiança que eu adquiri.
·As coisas que eu quis exorcizar em alguns momentos.

E pra encerrar,como Targino disse,o blog serve como uma otima valvula de escape!

Ps: os comentários dos posts anteriores da Mah serão respondidos assim que o computador dela ficar bom :)



Náh (participação de targino) - Maisa ficou fora,cifudeu (h)
parei :x

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O homem da estação-parte final


Lá estava eu no parque em mais um dia de outono, atrás de um homem. Não o mesmo homem, não o encantador ser com um violão mágico, mas sim o meu pequeno descobridor de si mesmo. Passei a noite toda pensando nele, fazendo perguntas imaginarias a ele. Passei a noite toda com o pensamento nele. Eu precisava ir ali, eu tinha que fazer isso.Cheguei e para a minha maior surpresa ele não estava lá. Ele não era uma menina boba como eu, que ficava atrás de um violão durante anos. Senti-me insignificante no começo, mas depois fiquei alegre por ele não repetir os mesmos passos tristes que eu dei.
Fui caminhando em direção a minha casa, quando senti alguém ao meu lado. Era ele. Todos os sentidos ficaram em alerta e eu não sabia o que falar. De novo ele foi mais esperto e rápido que eu e disse:
Eu te acompanho a mais tempo do que você imagina. Durante todos esses outonos eu vi você caminhar por esse parque atrás do musico encantador, com toda a sua tristeza, aumentando toda a minha dor. Todo dia eu queria estar ali, te proteger e falar palavras encorajadoras pra você,mas me contive,acho que você precisava desse tempo,desse seu momento.Depois de cinco anos de espera,esse ano você apareceu diferente,pode nem ter notado,mas estava.Ao pisar nesse parque você não olhou para os lados atrás dele,simplesmente foi a macieira e tocou,para a sua felicidade e não para a busca dele.Esse era o momento pelo qual eu estava sempre procurando.Eu fui lá e apareci,do jeito como você viu.Tinha meus medos,meus desejos,mil palavras a serem pronunciadas e poucas que realmente foram ditas.Eu não sabia que era tão forte esse sentimento,aquelas emoções.Quando vi eu estava ali,deitado sobre a grama pensando sobre toda a minha vida e sobre você.Todas aquelas imagens de cinco anos passavam como flashes na minha cabeça,e ao mesmo tempo que eu queria falar pra você eu não conseguia nem me mexer.A única forma que eu encontrei pra mostrar o quanto aquilo era bom foi mexendo as pontas dos meus dedos.Quando você se foi eu percebi que tudo tinha mudado e que eu não poderia simplesmente te esquecer.Ao ver você correndo para longe de mim ,primeiramente eu fiquei triste,achando que nunca mais você apareceria por aqui,mas depois fiquei contente por pensar que o seu martírio tinha acabado,que não estaria mais presa neste parque.Hoje vim aqui de novo e quando a vi,tudo disparou.Você me procurava,eu sentia,e aquilo me encheu de alegria.Não tinha como ficar parado,não tinha como não fazer nada,e aqui estou eu explicando tudo,mesmo que no fim você não entenda.
Escutei tudo calada, e confesso que não entendi a historia toda pela primeira vez. Não sabia seu nome, sua idade ou endereço, mas o abracei como quem abraça um amigo que há tempos não vê, como uma planta carnívora querendo sugar seus nutrientes, como um urso apaixonado segurando seu pote de mel. O abraço foi retribuído e por um longo tempo ficamos ali, juntos, escutando somente o som dos nossos corações.
Fomos para longe daquele parque, viver nossas vidas unidas com o nosso violão, mas todo outono voltamos para comemorar nossos aniversários de namoro em baixo daquela macieira. Nunca mais vimos o homem do violão mágico, mas se um dia ele aparecer, será sempre bem-vindo na nossa família.


Mah

domingo, 29 de março de 2009

O homem da estação-parte II




Era 20 de março,começo de outono.Peguei meu casaco como forma de prevenção ao vento frio e sai.Cinco anos,já fazia um bom tempo,mas mesmo com o passar dos anos eu sempre ia todos os dias do outono ao parque(e outros dias do ano também)sentar de baixo daquela macieira e tocar meu violão.Sim,agora eu sabia tocar(mal,mas sabia).Não sei como começou isso,se foi como forma de trazê-lo de volta ou querendo repetir aquela sensação maravilhosa de êxtase ao escutar o violão,mas eu comecei a fazer aulas logo em seguida ao nosso encontro.Não é a mesma coisa,óbvio,mas sempre que toco me sinto mais perto dele.
Lá estava eu dedilhando pequenas notas, tão entretida naquelas lembranças, que nem notei quando ele chegou. Simples, calado e só, pequeno como uma formiga (isso é uma metáfora, ele é um pouco mais alto que eu na verdade).Quando dei por mim,no fim de uma música,percebi aquele par de olhos negros vidrados nas minhas mãos .De imediato eu me arrastei para trás,lembrando do noticiário avisando sobre a crescente onda de assaltos.Ele não se movimentou tentando pegar algo de mim,simplesmente disse em sua rouca voz:
Por favor,não pare.
Naquele instante eu me vi.Era eu ali,cinco anos atrás:hipnotizada por uma melodia feita por um estranho(neste caso,uma estranha).Mas dessa vez ele tinha dado um passo a mais,pronunciado algumas palavras.Que corajoso!E que boba eu fui...
Com todos aqueles pensamentos em mente,eu revivi todos aquela sensação hipnótica,e espontaneamente comecei a tocar.Ele não fez nenhum sinal de agrado,somente deitou,fechou os olhos e ficou ali,parado.As pontas dos dedos da sua mão ora dançavam no ritmo da musica,ora brincavam com a grama.E eu ali,revivendo aquilo.Depois de algum tempo,vi que tudo tinha mudado.Antes era eu ali,conhecendo a mim mesma,e agora eu estava ali,mas como meio para ajudar o outro a se conhecer,eu tinha me tornado uma sedutora mulher com um violão mágico,assim como meu antigo(?) amor.
Aquela descoberta me assustou e como num passe de mágica eu me vi correndo longe daquele homem deitado na grama. Da rua eu o vi ainda ali, sentado, anestesiado. Nem tinha reparado a minha ausência. O que ele estava pensando?O que ele estava descobrindo?O que ele estava lembrando?Eram sensações boas ou ruins?Senti-me curiosa, instigada a voltar e fazer mil perguntas, porém parei. Não tinha o direto de perguntar nada pra ele, ele mal me conhecia. E de mais por mais, se ele quisesse um maior contato comigo, voltaria no parque mais uma vez, assim como eu fiz.


PS:Devido a alguns comentários no post anterior,eu resolvi continuar o conto.No fim vai virar uma trilogia,então esperem até quinta para conhecerem o fim desta história.


Mah

sexta-feira, 20 de março de 2009

O homem da estação


Era começo de outono. As folhas estavam a cair, mas aquela tarde no parque não me parecia nada mais do que um dia comum em que eu tirava uma hora ou outra entre as aulas de pintura para ler de baixo de alguma árvore.
Sentei perto de uma macieira e abri o meu exemplar de Quincas Borbas(não leio por obrigação escolar,gosto de Machado de Assis mesmo).A leitura estava prazerosa,porém não me impediu de escutar o som de um violão ao longe.Até hoje não sei qual era a musica,só lembro de ter sentido uma necessidade enorme de saber de onde ela vinha.
Levantei e segui a procura da origem. Algumas arvores atrás, sentado no chão, havia um homem: cabelos negros ondulados na altura dos ombros,olhos da cor de meu puro,all star sujo,pulseiras nos braços.Não sei o seu nome,não sei a idade ou a profissão,isso foi o de menos para nós.Ali,a conexão era toda feita pelas notas emitidas pelo violão.
Aquela melodia, o simples dedilhar, tudo me fazia paralisar e pensar mil coisas ao mesmo tempo. A minha reação foi sentar ali, na frente daquele ser, e escutar o som emitido pelo brincar das cordas com os seus dedos.
Poderia ter perguntado,mas não poderia receber a culpa de parar aquela musica.Vaijei sentada na grama.Ele parecia notar o meu estado,pois começou acelerado e aos poucos as notas iam cada vez mais lentas(Ou será que eu estava ficando mais relaxada?Não sei.).
Em poucos minutos estava entorpecida, pensando no que eu realmente era, no que queria, nos meus sonhos. Vieram inúmeras imagens na minha cabeça, telas a serem pintados, projetos e amores a serem vividos, e aquele homem ali do meu lado, com o seu violão mágico. Não sei quanto tempo permaneci assim e quando eu comecei a dormir.
Acordei no crepúsculo, sem som ou pessoa ao meu redor. Fiquei a procura do meu músico encantador por algum tempo, não queria parar de escutar aquela musica, mas não o achei. A tristeza me abateu e por muitos dias fui ao mesmo local e na mesma hora à aquela árvore,com a esperança batendo no coração.Nunca mais o vi.
Hoje eu tenho duvidas se ele existiu fisicamente, ou se foi o vento frio e as folhas amarelas que mexeram comigo,mas tenho dentro de mim a certeza que real ou não,ele mudou a minha vida,e é incrível como isso pode ter acontecido por causa de uma única pessoa e um violão.
Esse ano será o quinto outono após o nosso primeiro e único encontro,mas de 20 de março a 20 de junho eu estarei comemorando a mudança que ele fez em mim.



Mah

sexta-feira, 13 de março de 2009

Imensas Miudezas




‘’Suas rodas de brincantes,suas embarcações de buriti,suas miniaturas com roupas de malacacheta,são todas obras que exigem paciência de monge e rigor de esteta,e são prova material do amor que o artista nutriu pelo seu povo,os tipos populares sobre os quais lançou seu olhar atento e amoroso,como só os poetas sabem fazê-lo.’’
Zeca Baleiro

É com o comentário desse popular cantor maranhense que eu começo a escrever aqui sobre outro artista do Maranhão,que provavelmente você não conhece.

Com o nome de Antônio Bruno Pinto Nogueira(1904-1974),o Nhozinho teve uma infância típica de criança pobre de zona rural.Por causa do pouco dinheiro,desenvolvia seus próprios brinquedos.Aos doze anos uma grave doença degenerativa atacou o seu sistema imunológico,Nhozinho teve que ficar por muito tempo de cama,onde sua habilidade manual se aprimorou mais ainda.A doença lhe causou efeitos colaterais,como perda da visão do olho direito e dificuldade no movimento das pernas,mas mesmo assim ele continuou com o seu trabalho nos brinquedos e em objetivos que facilitassem o seu dia-a-dia,com a construção de uma cadeira para se locomover.
Mesmo com a sua aparência fragilizada,tinha grande carisma entre as crianças e sempre que podia destribuia brinquedos de graça.Adorava presentear também as suas ‘morenas’ ,que eram mulheres que Nhozinho nutria algum sentimento mas não tinha coragem de expressar.Na maioria das vezes esses presentes eram pequenas caixas ,chamadas por ele de caixinhas de segredos,que sempre vinham com alguma frase grafada ,como ‘saudadade’,’amor’,’carinho’.


as obras,incluindo ali no canto uma das caixinhas de segredos.

Aos poucos conseguiu vender suas produções e ganhar um certo prestigio.Ajudou com a popularização do Bumba-meu-boi,uma dança tipicamente maranhense que ate então era marginalizada.
Quando morreu sua arte já ganhara lugar em coleções importantes,como a Casa do Pontal ou no Centro Domus de Milão,na Itália.A influencia de Nhozinho pode ser vista até hoje na arte produzida no Maranhão e sua importância será sempre enorme no desenvolvimento da nossa grande cultura.


exposição de lançamento do documentário e do livro em homenagem a Nhozinho

Quer saber mais sobre esse grande artista?clique aqui






Mah

segunda-feira, 2 de março de 2009

Rômanticos são uma espécie em extinção (8)

Pra entrar no clima do post,eu sugiro assistir isso.

Eu sou romântica. Sonho em ter uma casinha simples, um amor pra vida inteira, um pôr- do- sol a dois. Às vezes isso pode soar piegas, mas quem nunca pensou nisso um único momento na vida que me atire a primeira pedra.

O ser humano não pode viver sozinho. Foi em grupo que ele aprendeu que a união faz a força, que juntos nós somos mais fortes. E às vezes o grupo unido pode ser resumido em um só individuo: aquela pessoa que você sonha em encontrar, aquele sorriso sincero, seu companheiro em longas viagens de metrô, o conhecedor dos seus mais íntimos desejos, aquele que você tem certeza que estará no seu futuro idealizado, o seu amor verdadeiro.

Há pessoas que nunca se casam, que estão solteiras por opção. Mas quem disse que essas pessoas não amam? Pra mim a chave da vida é amar. Quando você ama um amigo, uma musica ,um animal, um livro, uma planta... você acaba por amar a vida e valorizar a sua cada dia mais.

Eu me apaixono por um sorriso, um abraço. Dizem que eu dou valor às coisas simples, eu simplesmente acho que dou valor as coisas que devem ser valorizadas, mas a maioria das pessoas anda esquecendo isso. Ultimamente prova de amor é uma tatuagem com o nome do namorado ou então um presente caro. Eu ainda prefiro as palavras,por que elas são reflexo do que pensamos,são espontâneas.Quais palavras?Ai depende de você. Um eu te amo pode fazer a diferença pra uma pessoa enquanto outra pode se sentir radiante com um simples senti saudade hoje, eu.

Falando de palavras, aqui vai uma frase do nosso queridíssimo Nando, em um dos seus momentos filosóficos:

As palavras mais românticas dependem de cada um,mas sempre são mais intimas quando sussurradas de um jeito que deixe a pessoa que você ama mais calma.

Nada mais tenho a dizer depois disso, só que realmente preciso encontrar meu maracujá.

Duplo sentido mode: on.


Mah